28 abril 2006

Meu amigo, meu amor














Sentes-te sozinho?
Mas eu não me esqueci de ti...
Precisas de carinho?
Abraça-me, eu estou aqui.
Terei sempre tempo,
nunca me atrapalharás...
Nunca chegará o momento
em que te deixarei ficar para trás.
Não...
Acredita em mim...
Sei que te escondes da solidão,
mas não precisas de ficar assim.
A noite cai,
os nossos sorrisos desvanecem-se...
Não te preocupes com o que vai,
as coisas más, esquecem-se...
Eu sei que é difícil,
quantas vezes eu tentei...
Mas se agora estou melhor,
é porque finalmente ultrapassei.
Ou não, dizes-me tu??
Mas que amigo me saiste...
Há dias e dias...
Dias felizes, dias em que estou triste...
Mas não falemos disso agora.
A chuva começa a cair,
está na hora de ir embora.
Sorri...
Há dias assim...
Hoje e sempre penso em ti,
como sei que também pensas em mim...
Meu amigo, meu amor...
Meu doce...
Meu coração ao teu dispôr...

(a quem esteve sempre lá pra mim)

Menino Solidão


Ali, sentado à beira-mar...um rapaz sozinho, tendo por companhia, somente a luz do luar e uma garrafa de vinho.
Seus olhos estavam fixos ao longe. Deixou-se ao sabor do vento, mergulhou em seus pensamentos...
Um brilho tímido do seu olhar distante revelavam a vontade de explodir, da falar, de sentir.. parecia seguro e forte...mas estava só e carente, entregue à própria sorte.
Não sei se era desilusão, se queria esquecer uma paixão ou era simplesmente solidão, só sei que eu o vi, numa noite em que a Lua cobria o céu e as suas lágrimas cintilavam com o seu reflexo à medida que lhe corriam pelo rosto...
Não chores mais...a escuridão da noite é longa mas não eterna..amanhã o dia nascerá para ti.

Tu e Eu

Um dia..
O que seremos um dia?
Tu...eu?
Seremos vivos?
Amaremosi alguém?
O que seremos um para o outro?
Serei para ti apenas uma boa memória? Ou triste?
Um dia, quando mais não fores do que uma caixa com fotografias e cartas.
Arrumada a um canto da arrecadação,
Um monte de sorrisos e lágrimas arrumados num canto da memória,
Achas que aí seremos felizes?
Um dia...

Um dia..
Seremos tu e eu...
Seremos vivos enquanto tivermos amor para dar
E abertos para receber
Amaremos alguém se assim o quisermos,
E seremos amigos como sempre fomos.
Não és apenas uma memória..
Tu és a minha memória.
Seremos felizes porque temos boas recordações
E vamos ser felizes não por direito mas porque merecemos.

Metade-luz

Se tivesse eu os panos bordados dos céus,
Entremeados com a luz dourada
De uma Lua prateada,
O azul e os panos não ofuscantes e escuros
Da noite e da luz e da metade-luz,
Eu espalharia os panos debaixo dos teus pés:
Mas eu, sendo pobre, tenho somente os meus sonhos;
Eu espalhei os meus sonhos debaixo dos teus pés;
Pisa com cuidado pois pisas os meus sonhos.


Vem



Se acaso um dia pensares em nós,
e se nesse pensar sentires alguma saudade,
e se nessa saudade, sentires a minha falta,
e se esse vazio que a minha falta faz,
te provocar lagrimas:
Vem...
Corre para mim,
Vem sem medo,
Vem qualquer dia.
Se um dia folheando o teu passado,
me encontrares la, meio esquecida,
e nesse esquecimento te lembrares algo de bom:
Anda, volta pra mim,
mesmo que aches tarde demais,
ainda que seja muito o passado,
ainda que seja num futuro bem distante...
Vem,
procura-me,
Encontra-me,
Surpreende-me com a tua chegada!!
Quando em teus olhos ja nao estiver
mais o brilho dos meus.
Quando a tua canção
ja não for mais com o meu nome.
Quando em teus poemas,
ja nao falares mais do amor por mim.
Quando em tuas roupas,
ja nao sentires mais o meu cheiro.
Quando achares que está
quase tudo acabado:
Vem mesmo assim...
Vem-me buscar pra ti.
Vem resgatar o que hoje ainda existe.
Vem acabar de sonhar os nossos sonhos.
Vem acabar de viver o nosso amor.
Vem viver as nossas emocoes.
Vem completar em mim algo que perdi:
Um pedaço de ti!

27 abril 2006

A ti

Os momentos que passamos
Unidos num só ser
Devolveram-me a vontade
De voltar a acreditar
Na alegria de viver
O medo de viver a vida como só eu sei
Impede-me agora
De falar como já falei
De ser como já fui
De viver como já vivi
De ser feliz e deixar que assim me façam

21 abril 2006

Era Uma Vez...

Foi num Verão...um verão qualquer (e tantos foram)...que conheci o amor.
Eramos duas gotas de orvalho que no fim de uma noite gelada finalmente se encontram. O suave frio toque dos teus lábios deixou o meu corpo enternecido e sem poder de reacção.
Deixei-me ir... e como deixei...
Ai aquele sol que nos queimava e fazia desejar cada vez mais...
Esse sol já n brilha mais para nós...está frio agora. O teu corpo não toca mais o meu e estamos condenados a passar a vida a ver-nos passar.
Que linda foi a nossa história, que lindo foi o nosso amor.
Sabes..sinto que tive o poder da vida nas mãos e que as abri como quem se desfaz de um punhado de areia.
Desculpa mas a raiva que sinto da vida não me deixa viver e deixar os fantasmas para trás.
Irás sempre ser uma recordação guardada no mais recôndito armário das lembranças e um sentimento escondido naquilo que aqui dentro (ainda) bate.
Hoje não estás aqui...e como eu preciso daquele abraço, aquele passar de dedos pela cara, aquele sentimento que me fazia viver a vida a sorrir. E como eu sorria!! Lembraste? Eu já não!
Hoje já nada mais há a fazer..encontraste conforto noutros braços que não os meus.
Um dia...talvez um dia...ou então nos escape novamente..
Enquanto isso eu eu velo por ti e afasto fantasmas desta estrada que é a tua vida.

Hoje Sou...



Minhas lágrimas secaram
Neste vale de lágrimas que hoje sou.
Hoje sou resquício do que já fui
Uma réstia do meu ser que se esvai em letras
Um nada de sol neste céu enublado que me cobre
Hoje sou tudo...sou nada
Sou mera lembrança num álbum de sonhos
Empoeirado com o passar dos tempos...
Hoje sequei minhas lágrimas nas lágrimas de alguém
Hoje lavei minha alma sobre o choro dos deuses
Sobre o orvalho que caíu sobre mim
E gostei..
Hoje morri e nasci de novo
Hoje espero, espero, espero....
E sei que, neste momento,
Partiu para longe, bem longe de mim
Aquele que ao meu lado sempre esteve
Hoje, deixei que a chuva me levasse para longe,
Para bem longe de ti....e morri.
Hoje...
Sou tudo o que um dia já quis ser e não fui
Sou pedra, sou rocha, sou areia
Sou eu
E não me deixo de ser

19 abril 2006


Nasci à beira do Rio Lima,
Rio saudoso, todo cristal;
Daí a angústia que me vitima,
Daí deriva todo o meu mal.

É que nas terras que tenho visto,
Por toda a parte por onde andei,
Nunca achei nada mais imprevisto,
Terra mais linda nunca encontrei.

17 abril 2006

Dessecando as emoções..

O que não é amor?.. Já se falou tanto em amor, amizade e paixão...
Que tal falarmos do que não é o amor?
Se tu precisas de alguém para ser feliz, isso não é amor, é carência.
Se tens ciúmes, insegurança e fazes qualquer coisa para conservar alguém ao teu lado, mesmo sabendo que não é quem amas e ainda dizes que confias nessa pessoa, mas não nos outros, que te parecem todos inimigos, isso não é amor, é falta de amor prýprio.
Se acreditas que "mau com ele, pior sem ele" e a tua vida fica vazia sem essa pessoa, não te conseguindo imaginares sozinha e manténs um relacionamento que já acabou só porque não tens vida própria - existes apenas em função do outro - isso não é amor, é dependência.
Se achas que a pessoa que amas te pertence, sentes-te dona e senhora da sua vida e do seu corpo, não lhe dás o direito de se expressar, de ter escolhas, só para poderes afirmar o teu domínio, isso não é amor, é egoísmo.
Se não sentes desejo, não te realizas sexualmente, preferes nem ter relações sexuais com essa pessoa, porem sentes algum prazer em estar ao lado dela, isso não é amor, é amizade.
Se discutem por qualquer motivo, morrem de ciúmes um do outro e brigam por qualquer coisa e nem sempre fazem os mesmos planos, discordando em diversas situações, não gostam de fazer as mesmas coisas ou irem aos mesmos lugares, mas sexualmente combinam perfeitamente, isso não é amor, é desejo.
Se o teu coração palpita mais forte, o suor torna-se intenso, a tua temperatura sobe e desce vertiginosamente, apenas em pensar na outra pessoa, isso não é amor, é paixão.
Agora, sabendo o que não é amor, fica mais fácil analisares, verificares o que esta acontecendo e procurares resolver a situação, ou te dispores para atrair alguém por quem sintas carinho e desejo, que sinta o mesmo por ti, para que possam construir um relacionamento equilibrado no qual haja, aí sim, o verdadeiro e eterno amor...

12 abril 2006

A tua ausência

Hoje pensei muito em ti, mais do que o habitual, confesso e nem sei bem porquê. Talvez o pôr-do-sol triste e encoberto me fizesse sentir saudades de dias mais azuis. Hoje estaria a pensar em ti mesmo junto a ti. Talvez pela desilusão. Ele está presente no meu olhar á medida que olho para tudo o que me rodeia, incluindo quando me olho ao espelho.

Agora dizes o meu coraçãoo ser duro como pedra? Engraçado... o meu coração não é pedra é um deserto de areia seca gasta pelo corroer lento do vento. É mar salgado e escuro como as lágrimas que outrora tinha e agora secaram. O mar imenso de lágrimas que secou no meu olhar tornando-o um sitio perdido e abandonado. Um mar imenso de desilusão, um cemitério de barcos velhos afundados como o nosso amor.

Tudo me desilude e todos são desilusão. Começo por mim mesma acredita. Pois eu mesma já deixei de acreditar seja no que for. E á medida que escrevo mais uma página deste diário noto uma diferença já não me dói tanto escrever como se me estivesse a esvair em sangue pela ponta da caneta. Estou insensível à dor e a esta tristeza que já se tornou aos poucos parte de mim, aos poucos que fui abandonando todos os sonhos. Tornei-me seca e amarga, admito, mas talvez seja esta a minha verdadeira natureza no acertar de todas as contas.

Limito-me agora a gerir o tempo da melhor maneira possível. Faço por ajudar outros e entrego-me de alma inteira a trabalhos filantropos para expiar todos os meus pecados. Na fútil esperança de que algures consiga gostar um bocadinho mais das pessoas feias que somos. Na parca hipótese de ainda nos salvarmos.

Desisto sabes!?... O mundo lá fora é um lugar feio, habitado por pessoas feias como nós. Onde todos deambulam á procura de algo efémero e inútil como amor ou felicidade. Os vultos lá fora não devem ter razão. Os vultos dos nossos corações também não. Então fecha os olhos e dorme descansado e deixa os fantasmas saírem esta noite. Deixa-os passear pelas ruas à noite de mão dada com o nosso amor que morre. Deixa os medos, as lágrimas, as desilusões, abandona os fantasmas que temos, os fantasmas de náufragos neste nosso mar de desilusão.

(não podería existir nada que melhor falasse de mim, da incerteza que sou e do que sinto deste mundo feio e vil em que vivemos)

bem vindos

Sejam bem vindos...
este blog foi criado por mim e para mim....descarrego a minha solidão em poesia e nos momentos taciturnos que fazem parte da minha vida...
preciso sentir-me viva e faço-o através das palavras que, escritas, são mais faceis de proferir....
através deste simples blog espero conseguir seguir em frente e abandonar os meus fantasmas...
percorrer uma estrada sem fim, mas que me leve em direcção a algo lindo, um por-do-sol talvez, e me faça sorrir...só peço sorrir..
por isso se quiserem acompanhar-me força...são bem vindos ....comentários também aceito :-)..

assim sou...

Tenho em mim mesma a dor... E projecto em mim a insegurança... Não sou rocha... às vezes acho que sou solo arenoso, onde todo o amor plantado não vinga, onde as esperanças da paixão se frustram, onde os desejos não são constantes, onde a solidão parece ser eterna... Assim sou...

Pra todos os que me querem conhecer aqui estou....

Ad confessionem