03 maio 2014

Epifânias nocturnas

Chegou. Aquele momento em que finalmente percebes que és um emigrante, que não te sentes em casa e que, estejas onde estiveres, nunca mais te vais sentir em casa, chegou. Algum dia haveria de ser. A verdade é que me falta muito do que me faz (completamente) feliz. Não há um lugar a que possa chamar casa (seja ele onde for) e por isso sinto que pairo, que não tenho raízes ou algo a que regressar por isso seria inútil colocar essa hipótese. É um bocadinho como li há uns tempos, o emigrante deixa de pertencer ao sitio de onde vem e nunca se sente em casa no sitio pra onde vai. Fica ali no limbo, entre aquilo que deseja e o que pode ter.

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Ad confessionem