19 novembro 2006

Alma minha (II)


Um dia disseram-me que tinha perdido a morada do coração, que já não sabia onde ele morava e se ele realmente algum dia existiu.

Ou será que que sou eu própria que duvido que algum dia tenha existido cá dentro?....já não sei...................................

Parece-me que tinhas razão meu amigo...ando mais perdida que uma formiguinha numa floresta imensa de árvores e arvoredo.

Não sei onde ando nem para onde vou. Passo pela vida ou a vida passa por mim? Não sei! Arrasto-me por estes dias...entretenho-me em actividades sem propósito nem aspiração, abafo-me e não me sinto. Faço os possíveis e impossíveis por perder a sua morada, por me esquecer que (ainda) mora cá dentro.

Só queria perceber-me....conhecer-me...tornar-me uma só....

De que me vale esta força se acabo sempre por fracassar.
Sabes, tenho a mania que sou muito forte, que aguento tudo...que nada me perturba ou alcança (qual icegirl), faço por parecer que nada me afecta e que sou superior a toda a merda que me rodeia e me acontece, mas nestes momentos de tertúlia interior, de constataçãõ de mim mesma, apoderam-se de mim e de uma so vez todos os medos, dúvidas, receios, mágoas, incertezas que me foram causadas...Mas sim sou forte...sabes que sim.

Antes partir que vergar...

Só agora me apercebi que o que escrevi pode não ter nexo algum....mas escrevo conforme as palavras e sentimentos me vêm ao coração....ahhhh afinal ele ainda existe....!!!!!

Mas continuo sem saber a sua morada meu amigo...está perdido algures no meu ser, na minha essência, nesta minha forma confusa de ser, neste turbilhão de sentimentos e nesta confusão de ideias que invade a minha mente todos os dias.

Mas como diz Mariza "é este o meu fado"........

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Ad confessionem