27 abril 2014

500km depois

Não, não andei 500km, mas parece. As minhas pernas e pés estão num estado de exaustão e eu só consigo passar o dia deitada no sofá sem fazer nenhum, nem desfazer as malas.
Adoro estas férias mais culturais (e a Europa é um nicho de coisas lindas e interessantes) mas no fim fico pior do que quando comecei. Preciso de férias para descansar os ossos das férias.
Resumindo, Praga agradou. É pequenina e acolhedora. Vê-se bem em 3 dias e tem uma das bibliotecas mais bonitas que eu já vi na vida. O Relógio Astronómico foi a desilusão de Praga. Aquilo não tem grande piada e não acontece grande coisa que se veja, mas pronto, tá visto e já posso mandar os meus bitaites com conhecimento de causa. É, geralmente uma cidade barata e o goulash é bom (assemelha-se ao nosso estufado de domingo). Tivemos sorte com o tempo e pudemos correr a cidade de ponta a ponta com solinho todos os dias.
Berlim é o triplo de Praga. Muito mais cosmopolita, confusa, enorme. Cheia de história e estórias. Os alemães surpreenderam pela simpatia mas fiquei "desiludida" com a escassa (mas compreensível) referencia ao período da II Guerra Mundial. Existem alguns monumentos às vitímas do Holocausto e pouco mais. A sensação com que fiquei da cidade (e do povo) é o sentido de reconstrução e reinvenção. Estando naquela cidade hoje em dia, é impossível deixar de admirar a recuperação depois de 100 anos em que estiveram em 3 frentes de guerra (I e II Guerra Mundial e Guerra Fria). A cidade é um estaleiro de obras, existem ainda alguns edifícios a serem recuperados do tempo da era Soviética e do Muro de Berlim, e outros tantos que, depois de terem sido destruídos durante a II GM estão a ser construídos de novo, de raiz, seguindo todos os pormenores dos originais. Tivemos também a oportunidade de ir a um dos primeiros campos de concentração nazis, mesmo à saída de Berlim, e que serviu como modelo à construção dos outros todos. Este, ao contrário de outros, funcionava apenas como prisão para presos políticos ou insurgentes contra o regime Nazi. Não era um campo de extermínio de minorias, mas as condições de sobrevivência eram basicamente as mesmas. Foi estranho entrar ali, estar do lado de dentro e ver as condições em que milhares de pessoas viviam e morriam. Mas no fundo, gostei. É importante relembrar e falar e educar as gerações futuras.
E assim foi esta semana de férias culturais. As próximas são de praia e calor e mar. Que eu também mereço ;-) 


23 abril 2014

De luto com a Academia

E que não venham cá com merdas a dizer que a culpa é da praxe ou dos engenheiros/doutores que eu até descompenso. Conheço aquele sítio como a palma da minha mão e há muitos anos que aquilo estava naquelas condições de insegurança. Não justifica o facto de eles terem subido? Oh pá, a quantidade de gente que subiu e desceu aquele muro e não aconteceu nada. Aconteceu hoje, infelizmente. É a minha Academia e sinto-me de luto com eles. De certeza que ninguém queria que isto acontecesse muito menos os miúdos que participavam. Os meus pensamentos estão com as famílias daqueles estudantes e com os amigos que, nunca, mas nunca, esquecerão aquele momento trágico.

(Só um pequeno aparte, vários munícipes se queixaram da falta de segurança do muro. E que tal olhar à responsabilidade da autarquia em providenciar espaços públicos seguros? É só uma pergunta)

20 abril 2014

Descobrimentos (parte I)

De vez em quando é preciso fugir dos dias iguais, dos problemas e dores de alma. Fingir que está tudo bem e alienarmo-nos do "mundo lá fora". E foi mesmo isso que fizemos. Na Páscoa vamos sempre a qualquer lado. São 4 dias que, bem aproveitados, dão pra fazer muita coisa. Não celebro a Páscoa desde há muitos anos, não tem qualquer tipo de significado ou importância na minha vida, sendo assim, toca de fazer as malas e estamos em Praga. Sempre quis cá vir (quase tanto como à Croácia, snif snif) e finalmente cá estou. Acho que a expectativa foi demasiada e a cidade, apesar de lindíssima, não me está a dislumbrar como eu pensei que iria. Sou uma esquisita, é o que é. Depois de Praga segue-se uma viagem de comboio até Berlim. Em relação a Berlim não tenho qualquer tipo de expectativa, nem nunca pensei em ir visitar, simplesmente surgiu como uma hipótese e pronto, lá vamos nós. Há quem diga muuuuito bem. Já eu a única coisa que sei é que tem resquícios do malfadado muro e uma night life bastante alternativa. Fora isso, népias. Dentro de dias saberemos. Até lá, Boa Páscoa e aproveitem bem os dias de férias.

12 abril 2014

Planos, planos e mais planos. Ou de como eu não sei estar quieta.


Ando aqui com uns certos planos. Um bocadinho megalómanos, confesso, mas se não apontarmos prás Estrelas nunca chegaremos à Lua certo? Não sou muito pessoa de esperar que as coisas aconteçam ou me caiam no colo. Sou mais de "fazer" do que "esperar" e enquanto o moço cá de casa faz o almoço eu ando aqui em pesquisas de mercado, análises populacionais e a tomar pseudo-decisões de gestão baseadas em ideias hipotéticas. Enfim, confuso eu sei. Mas eu tenho a (quase) certeza que isto tem pernas pra andar e sei que tenho a força de vontade para fazer acontecer. Só faltam os "outros" acreditarem também.

Como tudo na vida, nada é certo e no final do dia se não for pá frente, só perdi o meu tempo.

Sócia, quando fazemos a primeiro reunião de management ahahah (teasing private joke, sorry)

04 abril 2014

Here we go

On a plane, again. O fim de semana estava planeado e as viagens compradas desde Dezembro. É um fim de semana só a duas: eu e a minha Maria, que bem precisamos e merecemos. O destino? Foi surpresa até há 2 horas atrás. E eu só quero rir e rir e rir. Que é a melhor coisa que fazemos juntas: rir.

Bestie, see you in a while.

01 abril 2014

Isto é pra me queixar, aguentem-se à bronca

Ando cansada da minha profissão. Verdade verdadinha. Não confundir com "ando cansada de trabalhar". Eu gosto de trabalhar, dá-me gozo, mesmo. Mas a minha profissão tem-me vindo a cansar todos os dias e nem são as criancinhas, que com esses posso eu muito bem. Tou cansada das coisas " pequenas" que não me deixam fazer o meu trabalho com qualidade, das decisões por tomar, do não ter tempo pra nada nem pra fazer aquilo que me exigem no fim do dia. Tou cansada, ponto. Qualquer dia desisto. Ou isso ou dou um murro na mesa e as coisas têm que mudar. Já faltou mais.

Ai há dias maus e estas semanas têm estado cheias deles.

Ad confessionem