01 janeiro 2014

Bye bye 2013 ('tou tcheia de t'oubir)

Acabou! Finalmente acabou. Não que eu ache que de um dia pó outro as coisas vão mudar exponencialmente e as pessoas doentes vão ficar milagrosamente saudáveis, ou eu vá perder todo o medo que acumulei durante este ano ou até que as pessoas que perdemos retornem a nós. Claro que não. Mas é tão bom ver este filha duma putice de ano que passou pelas costas e pensar que este vai ser diferente. Fecha-se um ciclo e vira-se a página na esperança que o ano de 2014 seja tudo aquilo que 2013 não foi... Tranquilo!

Mas, apesar de tudo, 2013 foi o ano em terminei o meu Mestrado e me senti realizada por isso, foi o ano em que soube que vou ser Madrinha e estou em ânsias para que a criança seja feita (sim porque o convite foi feito e a criança ainda nem sequer está feita). Foi o ano em que conheci mais alguns cantinhos deste mundo e me esparramei ao sol com 39ºC. Fui ver as Tulipas aos Países Baixos e nadei no melhor Mar que alguma vez tinha visto. Foi o ano em que tive medo pelos meus, pelas minhas pessoas e tentei estar o mais presente possível. Tive visitas (muitas) que me aqueceram o coração. Fiz 32 anos e sinto-me melhor do que quando tinha 20. Fui a entrevistas e comecei a trabalhar em Londres. Trabalhei que nem uma desalmada e perdi muitas horas de sono à conta do trabalho. Não estive presente no aniversário da minha Maria e isso cortou-me a alma. Decidi que dizer que amamos alguém não é sinal de fraqueza mas sim de entrega. 2013 foi o ano em perdi gente, e em que tive medo de perder outros tantos. Foi o ano em que te vi chorar controladamente e isso feriu-me por não poder arrancar a dor de dentro de ti. Foi o ano em que me ri, muito. Foi o ano em que chorei, muito. Foi o ano em que me desiludiram e o ano em que eu soube quem está comigo. Foi o ano em que fui a casamentos e chorei ao ver grandes amigos felizes. 2013 foi o ano em que eu tive a certeza que Portugal deixou de ser a minha "casa". Em que voltar não está, decididamente, nos planos. Foi o ano em que tivemos o melhor Verão em Londres e eu deliciei-me com dias compridos e cheios de sol e calor. Foi o ano em que odiei o Natal e aqueles que mo fizeram o odiar. Em que, finalmente, verbalizei a revolta pela familia que me deram e em que decidi que o Natal deixará de existir nos próximos tempos. Foi o ano em que percebi que não se ajuda quem não quer ser ajudado.

2013 foi assim! E muito mais.

Feliz ano de 2014 e façam o favor de ser felizes.

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