18 abril 2007

A Instabilidade do Ser...

Tenho gritos presos em mim que nem eu própria sabia que existiam...massacram-me a alma, sufocam-me a garganta.Pudera eu escrever tudo o que me vai no ser, pudera eu ser capaz de assim o fazer, pudera eu ser liberta de mim mesma e caminhar, caminhar, caminhar...pudera eu...pudera...

Não há dia nem hora em que não o pense...

Mas e tu?? Sim tu!! Quem pensas tu que és??? Quem te julgas para me julgar??? Quem julgas que és para decidir se vivo bem ou mal??? Porque achas que me conheces? Como tens a pretensão que sabes o que sinto ou o que vai cá dentro? Tu não sabes nem nunca saberás...Tiveste-me mas nunca me conheceste!! Que raiva me metes...e que nervos!! Não te julgues o que não és...não te dei esse direito!!!

Que raiva me metes e que raiva me meto....Quero fugir...desaparecer...virar pássaro e voar pra longe, bem longe de ti. És tal e qual esta gente que me acompanha...não vales a pena!!! Desaparece de mim!! Vai embora e deixa-me....Procura ser feliz mas não me venhas mostrar essa felicidade....deixa-me... Preciso descansar....

Ninguém sabe, ninguém imagina o que me vai cá dentro...e apetece-me berrar, gritar, explodir de tanto chorar.... Desfazer o meu corpo em mil pedaços, arrastar-me pelas ruas, dormir numa viela, fingir que não te conheço....não me reconhecer como sou...

Preciso descansar....só descansar...ficar a ouvir o mar bem perto, adormecer nos seus braços, embalada pelas suas ondas e partir para longe...bem longe....

1 comentário:

Anónimo disse...

Este seu texto tocou-me...
Tocou-me de uma forma inesperada!
Sabe porquê?
Porque poderia ter sido eu a escrever estas mesmas palavras, com o mesmo sentimento...

Fique bem!

Ad confessionem