28 dezembro 2006

A Origem de Ti...

"Não se Ama sem razão...
O Amor não é só instinto!!!"
(alguém disse)

Será isto verdade?
Será o Amor uma consciência da mente?
Uma vontade consciente do Eu?

Ai se assim fosse!!!!!!
Este mundo seria tão melhor
E a Vida não seria TÃO complicada.
Poderiamos carregar o fardo do coração com mais facilidade.

As vezes pesas-me cá dentro...
Bates como se tivesses vontade própria
e quisesses sair de dentro de mim,
Voar mais alto e abandonar esta carcaça seca e velha.

Mas não partes...
Manténs-te por perto....dentro de mim!!
Voa...parte...sai...
Estou farta de ti e tu de mim..

Porque não vais?!
Abandona-me...deixa-me...
Eu....já o fiz!

27 dezembro 2006

Balancete...


Nesta altura do ano é comum e habitual e fazerem-se balanços e resumos do ano que passou.
Sinceramentee, nunca fui muito dada a essas coisas...Admito que estou ansiosa que um Novo ano comece para poder deixar o Ano Velho para trás.

Este ano de 2006 não foi propriamente um ícone de felicidade nem sucessos. Muita coisa me aconteceu e se é para balancear, pesa mais o prato das más do que das boas....Ui fosse aqui colocar tudo o que me aconteceu acho que se cansariam de ler. Mas foi de tudo...desde revés familiar, passando por falsidades e mentiras e acabando no desemprego. Mas tudo isso (espero eu) já passou.

Aguardo ansiosamente a chegada de um Ano Novo e que esse me traga felicidade, saúde e trabalho. O resto eu arranjo...lol.

Mas como disse... não sou muito de fazer este tipo de balanços..o que aconteceu já lá vai e vou fazer um grande esforço por esquecer este ano.

Fiquem bem e façam-me um favor: Sejam Felizes!!!!!!

MUAHHHHHH

25 dezembro 2006

Reveillon

E o Natal já lá vai...
saudemos a Passagem para um Novo Ano...

17 dezembro 2006

Feliz Natal...

Aproveito para desejar um
Óptimo, Santo e Feliz Natal
a todos os meus amigos e inimigos,
familiares e parentes,
conhecidos e desconhecidos.

12 dezembro 2006

Sonho Brando...


Hoje tive um sonho...
Um sonho breve, cinzento, sombrio...
Eras tu...
Ou eu...
Sonhei contigo...
Estavas aqui...
Perto de mim...
Em mim.

Parecias tu,
Parecia eu.
Estarias aqui..perto de mim??
Dentro de mim?

Procurei-te
Procurei-me.
Abri meus braços na cama,
Trespassei os lençois numa ânsia de te encontrar mas não estavas aqui...
Não estava ninguém...

O sonho era bonito...
Devia ser...
Não me lembro!

Mas tavas lá tu...eu...
Confundi-te???
Confundi-me???

Tento encontrar-te,
Encontrar-me...
Em sonhos sombrios e breves achar-me...

A Todos os Meus Amigos


"Um dia a maioria de nós irá separar-se. Sentiremos
saudades de todas as conversas jogadas fora, das
descobertas que fizemos, dos sonhos que tivemos, dos
tantos risos e momentos que partilhamos.

Saudades até dos momentos de lágrimas, da angústia, das
vésperas dos finais de semana, dos finais de ano, enfim... do companheirismo vivido.
Sempre pensei que as amizades continuassem para sempre.
Hoje não tenho mais tanta certeza disso.

Em breve cada um vai para seu lado, seja pelo destino ou
por algum desentendimento, segue a sua vida.
Talvez continuemos a nos encontrar, quem sabe...
nas cartas que trocaremos.

Podemos falar ao telefone e dizer algumas tolices... Até
que os dias vão passar, meses...anos... até este
contacto se tornar cada vez mais raro.
Vamo-nos perder no tempo....

Um dia os nossos filhos vão ver as nossas fotografias e perguntarão:

"Quem são aquelas pessoas?"
Diremos...que eram nossos amigos e...... isso vai doer tanto!

"Foram meus amigos, foi com eles que vivi tantos bons anos da minha vida!"
A saudade vai apertar bem dentro do peito.

Vai dar vontade de ligar, ouvir aquelas vozes novamente......
Quando o nosso grupo estiver incompleto...
reunir-nos-emos para um último adeus de um amigo.
E, entre lágrimas abraçar-nos-emos.

Então faremos promessas de nos encontrar mais vezes
desde aquele dia em diante.
Por fim, cada um vai para o seu lado para continuar a
viver a sua vida, isolada do passado.
E perder-nos-emos no tempo.....

Por isso, fica aqui um pedido deste humilde amigo: não
deixes que a vida te passe em branco, e que pequenas
adversidades sejam a causa de grandes tempestades...."


Fernando Pessoa

04 dezembro 2006

Dancemos...


Amar é como dançar um Tango Argentino...
Sensual e misterioso
É deixar (-te) aproximar e ao mesmo tempo que te afastes..
É dançar com ritmo e ao mesmo compasso
É dar os mesmos passos e ir na mesma direcção..
É puxar (-te) para mim e ao mesmo tempo afastar (-te)
É sentir a Paixão na ponta dos pés e voar ao som do música
É olhar (-te) nos olhos e dizer que (te) amo...


Pois dancemos um belo tango ao som de trompetas cubanas e num bom bar argentino...


(Nem parece meu...
Eu??? A escrever sobre .... quê??? Não pode... Devo tar doente...
Mas já sabes...escrevo o que me apetece e o que me sai pelas pontas dos dedos.)

25 novembro 2006

Coimbra dos Amores


Porque sou Coimbrense...
Porque adoro a cidade dos estudantes...
Porque acho que merece esta homenagem...

Sou Coimbrense e penso que nunca referi esse facto aqui na minha "casa". Nasci naquela bela, antiga, misteriosa e memorável cidade decorria o ano de 1981.

De pouco me lembro da "minha" cidade. Abandonei-a tinha ainda 4 anos, rumo ao Norte.

Mas lembro-me do pátio de lá de casa...de lá brincar com o meu irmão e de roubar laranjas à vizinha.

Lembro-me da ida ao mercado todos sábados, com a minha Mãe e o meu irmão, e de lhe pedirmos rebuçados na sr.ª dos doces....ironicamente apenas traziamos a fruta e os legumes.

Lembro-me de ir à farmácia do meu cunhado e ficar estupefacta com tantas caixas que lá existiam...pesava-me sempre naquela balança enorme (pelo menos para mim) que tinha à porta mas que nunca funcionava... Agora percebo que se calhar seria por não lhe por a moedinha necessária à função...

Lembro-me do barbeiro da rua do comércio...

E como me lembro do Portugal dos Pequenitos....ia lá quase todos os fins de semana...eu, o meu irmão e o meu sobrinho. Corríamos naquele pequeno mundo como se estivessemos tomados por uma loucura frenética. Tinhamos que entrar em todas as casas, experimentar todas as janelas, criar sonhos e telenovelas naquele mundo.
Corríamos, corríamos, corríamos.
No fim do dia um gelado ou um bolinho. Esperávamos a semana toda por aquele dia mágico...

Mais tarde voltei...mas já não era o mesmo...já não tinha o meu irmão, o meu sobrinho, aquela sabedoria infantil que nos impele a viver tudo ao máximo e a aproveitar tudo aquilo que aquele espaço nos podia proporcionar já não existia dentro de mim...senti-me triste.

De Coimbra lembro-me disto e de muito mais....lembro-me do cheiro...lembro de ter orgulho em dizer que era de Coimbra..."Ah! Da cidade dos doutores!" diziam...e eu ficava toda inchada..pensando que também eu seria um doutor...

Lembro-me do rio (ou da inexistência dele), lembro-me das tardes de brincadeira no Choupalinho e dos dias de seca na margem do Mondego quando o meu Pai resolvia ir pescar...

Da saída de Coimbra pouco me lembro...só de uns caixotes no chão da sala e de perguntar à minha Mãe para onde íamos. Ela respondeu "Vamos para outra casa filhota...uma mais bonita e maior!" Mas eu pedi alguma coisa? Gosto desta casa..É feia? Mas eu gosto... É pequena? Sempre coubemos todos.....
Na altura não percebi mas admito que não foi nada que me preocupasse....foi uma transição suave....

Voltar a Coimbra é voltar às minhas origens, é sentir que lhe pertenço. A cidade é velha, admito. Mas aí está a sua beleza e o seu mistério.

Coimbra é uma rainha que banha seus pés no leito do Mondego e que se torna inevitável e diariamente mais bonita.

(Esta foi a homenagem possível e sentida de uma Coimbrense afastada da sua terra natal ha 21 anos)

23 novembro 2006

Anjo caido


Qual anjo caído...pareces-me tu...
Vieste ao meu encontro com as asas partidas (ou será que fui eu própria quem te procurei?)...Tentei curar-te, remendar o mal que te fizeram. Fui sucedida? Não sei meu anjo negro...nunca mo disseste. Consegues voar novamente? Penso que sim pois voas para longe de mim.

Ao tentar curar-te de teus ferimentos temo ter-te posto mais enfermo ainda...temo que apenas te tenha dado uma vã esperança. O mundo é feio sabes...foge de ti próprio se puderes...foge de mim...foge...voa para longe...

Procurei refugio debaixo de tuas asas e encontrei-o...senti-me bem, protegida, sentida e viva. Sinto que vieste para mim e por mim...mostraste-me a beleza do raiar de um novo dia e o encanto do entardecer...fizeste-me feliz e nem isso eu te agradeci.

Mas parte...tuas asas sararam...ja podes voar...que aquele entardecer seja sempre teu...nosso...e olha-me...e recorda-me como eu te recordo a ti...em todo o teu esplendor.

19 novembro 2006

Alma minha (II)


Um dia disseram-me que tinha perdido a morada do coração, que já não sabia onde ele morava e se ele realmente algum dia existiu.

Ou será que que sou eu própria que duvido que algum dia tenha existido cá dentro?....já não sei...................................

Parece-me que tinhas razão meu amigo...ando mais perdida que uma formiguinha numa floresta imensa de árvores e arvoredo.

Não sei onde ando nem para onde vou. Passo pela vida ou a vida passa por mim? Não sei! Arrasto-me por estes dias...entretenho-me em actividades sem propósito nem aspiração, abafo-me e não me sinto. Faço os possíveis e impossíveis por perder a sua morada, por me esquecer que (ainda) mora cá dentro.

Só queria perceber-me....conhecer-me...tornar-me uma só....

De que me vale esta força se acabo sempre por fracassar.
Sabes, tenho a mania que sou muito forte, que aguento tudo...que nada me perturba ou alcança (qual icegirl), faço por parecer que nada me afecta e que sou superior a toda a merda que me rodeia e me acontece, mas nestes momentos de tertúlia interior, de constataçãõ de mim mesma, apoderam-se de mim e de uma so vez todos os medos, dúvidas, receios, mágoas, incertezas que me foram causadas...Mas sim sou forte...sabes que sim.

Antes partir que vergar...

Só agora me apercebi que o que escrevi pode não ter nexo algum....mas escrevo conforme as palavras e sentimentos me vêm ao coração....ahhhh afinal ele ainda existe....!!!!!

Mas continuo sem saber a sua morada meu amigo...está perdido algures no meu ser, na minha essência, nesta minha forma confusa de ser, neste turbilhão de sentimentos e nesta confusão de ideias que invade a minha mente todos os dias.

Mas como diz Mariza "é este o meu fado"........

17 novembro 2006

. . .


Even though there may be times
It seems I'm far away
Never wonder where I am
'Cause I am always by your side.

12 novembro 2006

Alma minha (I)


Ultimamente só me apetece escrever, escrever, escrever. Esvair minha alma em letras como se meu corpo se esvaí-se em sangue.
Atirar tudo cá para fora na esperança que eu própria me entenda ou que me faça entender. Tenho uma estranha forma de ser...por vezes sinto que nunca serei feliz...por vezes sinto que não preciso de ninguém para ser feliz. Esquisofrenia não diagnosticada?
Sinto-me só...por vezes carente e desprotegida e por outras fria e indiferente. Afinal qual de mim sou eu? Sei na pele o que é ter medo de me entregar, de me dar à vida, de confiar nas pessoas e em sentimentos, de viver em plenitude. Sei-o porque este mundo já me deixou para trás algumas vezes.
Condenem-me por ser assim mas não consigo ser diferente...não consigo ser indiferente a este medo, a esta necessidade de me proteger de tudo e de todos....até daqueles que de quem não precisisava. Este mundo é feio e vil, cravejado de pessoas feias e que simplesmente não valem a pena...
Por isso sinto, penso e desejo não fazer parte dessa escória, desse mundo imundo. Protejo-me num mundo só meu em que tento e esforço-me por ser feliz sozinha, por afastar sentimentos e emoções, por controlar ao máximo toda a minha vivência de modo a não deixar que me magoem (porque as pessoas não valem a pena o teu sofrimento)...mas também me isolo para não fazer mal a (mais) ninguém. Assim, tento proteger-me dos outros e proteger os outros de mim.
Sim porque também eu faço parte deste mundo feio e por isso sou tal como as pessoas que nele (co)abitam...feia e má...faço sofrer como aqueles que já me fizeram a mim...abandono como aqueles que me abandonaram a mim...também eu não valho a pena como aqueles que critico..
Por isso não sou mais que eles...faço também eu parte deste mundo que desprezo, que rejeito e que critico.
Afinal quem sou eu para condenar ou criticar alguém se eu própria sou a encarnação e a personificação de tudo o que critico?
Aiii porquê o meu ser de ser assim??????

10 novembro 2006

So porque sim


"Os Ventos que às vezes nos tiram algo que amamos,
são os mesmos que nos trazem algo que aprendemos a amar!
Por isso não devemos chorar o que nos foi tirado
e sim aprender a amar o que nos foi dado.
Não te esqueças que o que é realmente nosso, vai ser nosso para sempre!"

Calma aparente


Lua, minha Lua, quanto de ti despertado em mim...

Tranquila e bela irradias o fogo que acalma.
Tua luz e brilho num fundo negro, tornam-me cativa...
Fito teus contornos de liberdade...e quisera ser como tu...
Senhora de si e do seu brilho.

Lua, minha Lua, quanto de mim não é assim......

09 novembro 2006

Ha dias....

Há dias como este em que me sinto só, em que me sinto vazia, oca, em que não sei em que sentido rumar, em que não sei em quem confiar.

Há dias como este em que não me esqueço, em que não me consigo esquecer e ao mesmo tempo farto de me lembrar.

Recordações, momentos, sentimentos....

Há dia e dias...mas num dia como este, este não passa. Dura...dura...dura...Não lhe vejo o fim...

O raiar de um novo dia cansa-me, desespera-me por ser igual a tantos outros...e sinto a falta de tantos que passaram por mim...

Onde te meteste no meio tantos dias e tanta gente? Não fujas!

São apenas vultos, principes e princesas de um qualquer conto de fadas...

Ahh... e logo eu que não acredito em contos de fadas nem principes encantados...

Meu Fado Meu...

"Já perdoei erros imperdoáveis, tentei substituir pessoas insubstituíveis e esquecer pessoas inesquecíveis.
Já fiz coisas por impulso, já me decepcionei com pessoas quando nunca pensei me decepcionar, mas também decepcionei alguém.
Já abracei para proteger, já dei risadas quando não podia, fiz amigos eternos, amei e fui amado, mas também fui rejeitado, fui amado e não amei.
Já gritei e pulei de felicidade, já vivi de amor e fiz juras eternas, "quebrei a cara" muitas vezes.
Já chorei a ouvir música e a ver fotografias, já liguei só para ouvir uma voz, apaixonei-me por um sorriso, já pensei que fosse morrer de tanta saudade e tive medo de perder alguém especial (e que acabei por perder).

Mas vivi! E ainda vivo! Não passo pela vida...

Bom mesmo é ir à luta com determinação, abraçar a vida e viver com paixão, perder com classe e vencer com ousadia, porque o mundo pertence a quem se atreve e a vida é muito para ser insignificante..."

Charlie Chaplin


(desculpa Dudu mas roubei-te..;)...)

07 novembro 2006

The Gift - Facil de Entender















"Talvez por não saber falar de cor, imaginei
Talvez por saber
o que não será melhor, aproximei
Meu corpo é o teu corpo,
O desejo entregue a nós...sei lá eu o que queres dizer.
Despedir-me de ti, "Adeus, um dia, voltarei a ser feliz."
Eu já não sei se sei o que é sentir o teu amor não sei o que é sentir.
Se por falar, falei, pensei que se falasse era
fácil de entender.
Talvez por não saber falar de cor,
imaginei.
Triste é o virar de costas, o último adeus
Sabe Deus o que quero dizer.
Obrigado por saberes cuidar de mim, tratar de mim, olhar para mim...
Escutar quem sou
E se ao menos tudo fosse igual a ti...
Eu já não sei se sei o que é sentir o teu amor não sei o que é sentir.
Se porfalar, falei, pensei que se falasse
era fácil de entender.
Eu já não sei se sei o que é sentir o teu amor não sei o que ésentir.
Se por falar, falei, pensei que se falasse era
fácil de entender.
É o amor que chega ao fim. Um final assim,
assim é mais fácil de entender...
Eu já não sei se sei o que é sentir o teu amor não sei o que é sentir.
Se por falar, falei, pensei que se falasse é mais fácil de entender.
Eu já não sei se sei o que é sentir o teu amor não sei o que é sentir.
Se por falar, falei, pensei que se falasse era
fácil de entender."

02 novembro 2006

Visceral

Estará escrito nas estrelas
No seu brilho codificado
O futuro de mim?

Que te dizem?
Quem serei?
Que máscara usar nestes dias?

Estou cansada...
Os dias nascem todos os dias iguais

A falta de mim aqui dentro sufoca-me
Onde estou?
O que é feito de ti?
Pra onde foste?
Não te reconheço e estás dentro de mim
Dentro de mim....

30 outubro 2006

I'm sick and tired of my self

Story of my life
Searching for the right
But it keeps avoiding me
Sorrow in my soul
cause it seems that wrong
really loves my company

Hes more than a man
and this is more than love
the reason that this guy is blue
the clouds are rolling in
because I'm gone again
and to him I just can't be true


His trust
I might as well take a gun and put it to his head
Get it over with
I don't wanna do this
Anymore

I don't wanna do this anymore
I don't wanna be the reason why
Everytime I walk out the door
I see him die a little more inside
I don't wanna hurt him anymore
I don't wanna take away his life
I don't wanna be...
a murderer

23 outubro 2006

Madrugada



















Deste sítio de onde te vejo agora digo-te...vale a pena sorrir. Esta velha pedra ainda sente, este velho vulcão ainda consegue tremer e explodir. Ainda que só por dentro. Este pedaço de mim que agora existe sorri e sorrirá enquanto existirem pessoas como tu. Enquanto o cheiro da terra for o mesmo e tu não mudares. Enquanto os nossos momentos ficarem e resistirem à passagem dos ventos e das tempestades. Enquanto te tiver a ti e tu a mim. Enquanto não nos roubarem de nós mesmos.

Mesmo longe...desde que te sinta perto, desde que sinta o teu abraço....saberei que estás bem e que ainda resistimos. Saberei que valeu a pena. Enquanto bastar um olhar para saber, enquanto souber por um olhar....enquanto soar a música lá ao fundo....bem lá ao fundo. Pra mim bastará.

Agora segue, um feixe de estrelas ilumina o teu caminho e um anjo, ainda que cansado, olhará sempre por ti.

(It's always gonna be, isn't it?
You and me?)

Vem.....procura-me....


"Vem, que ainda me rasgam de sangue as veias!
Que ainda me soltam gritos e sonhos e versos, e tenho ainda
Um olhar para o gesto de olhar para alem de tudo que é o que não resta.
Quero me perder, perder-te, como se o nada em que tivemos fosse apenas o limite.
Quero sentir o mar, verde, azul, cinzento e as arvores contando as estações em verde e nada.
A música nunca parou! E o gesto foi sempre o mesmo gesto…De te abraçar!
As horas e os dias, apenas e sempre, o momento para te ver sorrir. Sentir-te.
Porque o tempo parou quando partiste! E parou quando não voltaste!
Vem! Que o meu coração só pode ser a tua casa!"

de Paulo Sousa

"Manhãs de jade”


"Olha!... Não são muitos os meus sorrisos claros
e certos como as manhãs de jade.
Olha, com calma e com temor,
porque não sou só a pele, mas sim o cheiro,
não sou só o beijo, mas sim a porta.
Uma porta rasgada.
Olha e fica, como pedi e como peço ainda.
Olha...
Fechei os meus olhos e suavemente senti
o sorriso da alma clara e a certeza de
que este instante mágico já o foi antes de nós, antes de mim...
Fechei os olhos para descobrir na paisagem vaga
do meu silencioso mundo virgem,
a sabedoria de uma energia que me atordoa,
muito para além dos sentidos conhecidos...
Fechei os olhos para te ver,
para me render ao inevitável momento de perfeição
que sinto quando eu já não sou eu e tu és tudo o que pressinto.
Fechei os olhos para me ver.
E agora, que os dias começam a clarear no céu da cidade de pedra,
voa comigo, porque neste instante descobri que és parte de mim."

de Estela Ribeiro.

16 outubro 2006

E cá estão eles....





São uns fofinhos não são....

O meu pincel e os seus filhotes


















Este é o meu Pincel (quando era pequerrucho)....foi adoptado na ABRA (Associação Bracarense Amigos dos Animais) em Julho de 2005. Tinha pouco mais de 3 meses e estava junto com os seus 4 irmãos quando foram abandonados.
Um certo dia resolvemos (Sónia, Pedro, Chico, Rick, Elisabete) adoptar um daqueles pobres animais que tinhama vida pendurada por dias.
Da ninhada de 4 cachorros o meu Pincel foi o que mais chamou a atenção. Era todo escurinho e só tinha a ponta do rabo branca...como se de um pincel se tratasse....daí o nome Pincel.
Era tão querido , tão fofinho, tão meiguinho que nem pensamos mais sobre qual deles adoptar e o nome ficou decido na hora.

No entanto, a minha 1ª experiência num canil deixou más recordações. É dos sítios mais tristes a que alguma vez fui e espero não ter que voltar. Todos aqueles animais com aqueles olhinhos de tristeza a olharem pra mim como que a dizerem "Leva-me pra casa contigo" vai ficar para sempre gravada na minha memória.

Mas digo, se quiserem um animal não comprem....vão ao canil mais próximo pois é lá que poderão encontrar um animal que precisa de vós que pra sempre vos será fiel e carinhoso.

Mas por falar em adoptar animais....se já reparam no titulo do meu blog...o meu pincel ja foi pai. Ah pois é!!!! Andou a fazer malandrices com a pastor-alemão do Rick e agora são 8 bichinhos... Mas são uns amores!!! Por isso se alguém tiver interessado em alguma destas beldades fofíssimas é so deixar contacto.

28 setembro 2006

Ai os desabafos....




Faço deste meu blog um diário pessoal e um espaço de desabafos...por isso desabafo aquilo que mais me enoja e me tira do sério nesta vida.

Cinismo e hipocrisia sao das coisas k mais existem neste mundo...muitos sao aqueles que te desiludem com o passar do tempo...que 5 segundos depois de saires da sua beira sao capazes de te cravar o pior dos punhais nas costas...aquele que eh capaz de destruir muita coisa...a mentira.
Que se conte a verdade eu ainda admito, que se fale da realidade acho muito bem, que se converse e comente...quem nao o faz....mas iludir, inventar, mentir, colocar a discordia entre as pessoas, ser cinico e hipocrita...isso tenham a santa paciencia pk eu posso ser tudo menos santa...
Que a vida nao eh um mar de rosas, meus meninos e meninas, isso ja eu sabia....mas nao acreditava que pudessem existir neste mundo pessoas tao baixas, tao reles, tao venenosas como akelas k vim a "conhecer" neste ultimo ano. E digo conhecer entre aspas pk cheguei a conclusao que realmente nao conhecia ngm.
Eram sorrisos, conversas, saudacoes completamente normais e amistosas, nada que me fizesse desconfiar do plano inteligente e das artimanhas k estavam a ser utilizadas nas minhas costas.
Mas uma coisa admito: Inteligencia nao falta a essas pessoas...o que lhes falta eh a esperteza. Tudo se descobre, e mais tarde ou mais cedo todo o mentiroso eh desmascarado e cai na sua propria armadilha. NA SUA PROPRIA ARMADILHA. Sim pk n tive k mexer uma unica palha para que as pessoas se afundassem cada vez mais nas suas mentiras e artimanhas...desde ja agradeco pk assim n tive trabalho nenhum.
Fala-se de amizade cm se fala de algo k se consome, que se come. Nao! A amizade nao eh um bem consumivel nem eh algo que so pertenca a alguns. A amizade deve ser acarinhada, cuidada, respeitada, deve ser alimentada (de verdades claro). O verdadeiro amigo eh akele k nao lanca a discordia, eh aquele k sabe estar la mm sem o outro pedir, eh aquele k ri qd o outro ri e chora qd o outro chora, eh aquele que percebe a amizade dos outros e nao a destroi, o verdadeiro amigo eh tudo isto mas eh principalmente ser verdadeiro, honesto e sincero com o seu amigo.
Porque razao se as pessoas n gostam umas das outras tem k fingir que eh o contrario???
Pk razao nao dizem simplesmente: "nao gosto de ti.","nao nao te suporto","metes-me ca um nojo". eu pelo menos tento faze-lo...excepto qd ando a ser iludida e enganada por falinhas mansas e olhares de ilusao. E quem me conhece (conhece mesmo) sabe que sou assim, sabe que se nao gosto nem vale a pena que nem olho pra cara dessa pessoa, nem um bom dia lhe dou.
Mas ja disse e repito: tudo se descobre...nao tenham a ilusao que as pessoas andam a dormir...nao...agr mais k nc ando bem acordada pra k n me possam fazer de parva novamente.
Mas nao eh nd que me tire o sono ou k me preocupe em demasia...so n gosto de ouvir falar em hipocrisia e cinismo qd sao essas proprias pessoas a encarnacao dessas atitudes...

Tenham paciencia...sou tudo menos santa.

27 setembro 2006

P'ra me animar....*****


Não te esqueças que é loucura entregar todos os teus sonhos,
Só porque um não se realizou.
Desistir de todos os esforços,
Porque um fracassou.
Não te esqueças que há sempre uma outra oportunidade
de começar de novo.
Nunca desistas dos teus sonhos
Porque eles fazem parte de ti.

25 setembro 2006

Tantos anos para quê?!?!?


Como recém licenciada sinto-me muito injustiçada, e revoltada mesmo, quando, no fim da minha (excelente) formação, me "mandam, me atiram" para o mercado de trabalho e quando lá chego vejo que tudo aquilo pelo que lutei (e olhem que lutei), tudo aquilo em que acreditei, tudo aquilo em que tive esperança, tudo aquilo que me ensinaram e tudo aquilo que aprendi, resultou em nada...resultou numa quantidade imensuravél de portas que se fecham, de sorrisos de pena, de olhares de soslaio, de desculpas esfarrapadas.
Pra quê? pergunto eu. Pra quê dedicar anos de vida a uma causa, a uma realização, a um sonho se no final das contas e quando te atiraram aos leões (sistema) és completamente devorado por eles.
Este Portugal entristece-me, deixa muito a desejar, desperdiça o que tem de melhor, cria lobbys e lobbys para que alguns afortunados possam trabalhar. Sempre pensei e julguei que o Homem tinha direito, entre muitas outras coisas, à oportunidade de se sustentar a si e aos seus, à oportunidade de poder trabalhar e ser um participante activo desta que muitos apelidam de Nossa Sociedade mas que só apenas a alguns pertence....
Minha ainda não é de certeza porque não faço parte dos seus esquemas, lobbys e corrupções.
Ai Portugal Portugal....que andas amargurado, entristecido, comandado e acomodado nesta tua vida que se arrasta pelas ruelas e vielas.
Tens poetas e poetas que te cantam, que exultam e dizem: Há que fazer cumprir Portugal!!!

20 setembro 2006

Assim te conheci....

Foi em Setembro que te conheci

Trazias nos olhos a luz de Maio

Nas mãos o calor de Agosto

E um sorriso

Um sorriso tão grande que não cabia no tempo

Ouve, vamos ver o mar


Foste a trinta de Fevereiro de um ano por inventar

Falámos, falámos coisas tão loucas que acabámos em silêncio

Por unir as nossas bocas

E eu aprendi a amar



Sim eu sei que tudo são recordações

Sim eu sei é triste viver de ilusões

Mas tu foste a mais linda história de amor

Que um dia me aconteceu

E recordar é viver, só tu e eu



Foi em Novembro que partiste

Levavas nos olhos as chuvas de Março

E nas mãos o mês frio de Janeiro

Lembro-me que me disseste que o meu corpo tremia

E eu, eu queria ser forte, respondi que tinha frio

Falei-te do vento norte


Não, não me digas adeus

Quem sabe, talvez um dia... como eu tremia, meu Deus

Amei como nunca amei

Fui louco? não sei, talvez

Mas por pouco, por muito pouco eu voltaria a ser louco

Amar-te-ia outra vez"


Vítor Espadinha

14 setembro 2006

"Nosso segredo"



...Esta manhã olhei-te, olhei para o teu ar cansado e nostálgico, como se tivesses ali, como se amanhã fosse o ultimo dia das nossas vidas...
Olhei-te com uma revolução de sentimentos, entre bruscos e doces, entre saudade e pena, entre ilusão e desgosto.
Olhei-te com a fórmula, com a palavra certa presa na agonia do meu coração, este despedaçado à força do desentendimento, da falta de sensibilidade que outrora existiu.
Mas que fizemos nós? Como destroçamos tudo o que acreditamos? Como nos desiludimos, e fizemos um temporal nas nossas vidas, culpabilizando os outros, a vida... Até os frutos colhidos por nós...
Olhei-te com uma agonia de desperdicio, com um desejo de te passar a mão no rosto, e dizer-te baixinho que tudo vai correr bem. Mesmo que o mundo se devaste, mesmo que as flores murchem, e as estradas estejam cortadas.
Tu foste o meu erro ortográfico, aquele ridículo, absurdo, embora inevitável, aquele tipo de erro, que se sente que não se está a escrever correctamente, mas avançamos, não corrigimos…Fica como está.
Esta manhã olhei-te, como se fosse o ultimo momento que estivesse a sós contigo, mesmo eu estando ali, e tu fisicamente sei lá aonde, mas observei e senti a tua presença, como se me visses, e soubesses que eu estava ali. E talvez soubesses, talvez adivinhasses a minha longa caminhada até ti, desarmada, descalça, e com as mãos vazias.
Esta manhã procurei-te... Nas ruas vazias, no frio na noite, na calçada mais pobre, e em todos os meus sonhos... Não sei porquê, afinal fui eu quem partiu, quem desistiu, quem seguiu outra estrada e te abriu uma nova porta... Como eu te amei... Esta manhã olhei-te para te sussurrar ao ouvido, aquele segredo....Ouviste?"

de Joana Freitas

04 setembro 2006

E acabaram as ferias..........




Bem com as férias a terminar ta na altura de começar a pensar em arranjar trabalho. O que não tá nada fácil diga-se de passagem.
Mas falando um bocadito das minhas férias.....foram um misto de aventura, surpresa, mistério, (auto)descoberta e muita mas mesmo muita revelação (e um cadinho de trabalho também).


Ao recordar estas férias lembro-me de uma tarde de sol e vento, de um mar brilhante que reluzia nos olhos, de um reflexo na água, de uma sombra na areia. Lembro-me de um monte bem gordo lá em baixo e de uma tristeza nos olhos....
um beijo que não vem, claro que não vem...


Uma espera desenfreada, este querer por não poder.....ou este poder e não querer?....quase me matam, quase nos matam, quase me confundem, quase desisto.....


Bem, estas minhas lembranças confundem-se com os meus sonhos de um paraíso idealizado, de umas férias esperadas, de uma utopia...
ou, talvez, até nem o sejam....e só estivessem guardadas num cantinho do armário...

31 julho 2006

27 julho 2006



A praia, o mar, a areia, tudo desperta em mim a saudade de um dia que ainda virá....

18 julho 2006

No coraçao, na ponta da lingua


Gostava de conseguir escrever, de falar, de dizer tudo o que sinto, de aprender a confiar e a saber dar-me. Tudo e todos me são estranhos e não consigo deixar de me sentir como me sinto...estranha a mim própria, inexistente no meu interior, falsa com a minha essência. De repente, foge-me o chão debaixo dos pés, deixa de soprar a brisa, escurece o céu e o sol esconde-se....pergunto-me "porquê o meu ser de ser assim?" Deixo tudo para trás e tento, esforço-me por esquecer tudo o que foi, tudo o que fui...talvez assim não doa tanto aqui dentro quando me recordo. Pareço-te indiferente? Posso ter sido sempre assim e só agora teres reparado...ou, quem sabe, protejo-me... ti, de vós, de todos, destes fantasmas que não me deixam descansar e cerrar meus olhos à noite, que não me deixam sonhar com um fim de tarde, iluminado por um por do sol brilhante e com o teu reflexo naquele mar esplêndido. Sonhar foi sempre o meu refúgio neste quotidiano de rotinas e costumes...seguimos todos por uma linha que não quebra, uma linha que foi desenhada para nós e que temos que percorrer até ao fim. Pode ser que a meio do caminho encontres alguém cuja linha se entrelaçou com a tua e juntos percorram esse caminho...pode ser que um dia consigas juntar a tua linha à linha de alguém e formar um só carril....
Como eu gostava de conseguir escrever coisas bonitas...

22 junho 2006

Desilusões

Rostos de pedra
Rostos de cal
Esculpidos em areia
Misturados com metal.
Tantos rostos de misturam
Numa presença fugaz
Pois ao raiar de um novo dia
Toda a presença se desfaz.
Só é válido
Quem um dia te valerá
Mas um dia até esse válido
Inválido se tornará.
Por isso aprende...
Não os culpes, de nada valerá..
Segue os teus passos e pensa
Quem mais morrerá.

09 junho 2006

E acabou!!!!:'(


Bem....o enterro já lá vai há algum tempo. Não foi nada de especial (só porque sou finalista) mas foi o meu último ano como estudante. Pensei viver mais intensamente estes últimos momentos, mas pronto eu pró ano tou cá outra vez.
E acabou o enterro e acabou o curso...O portfolio está entregue e seja o que deus quiser. As perspectivas não são más mas pronto..nunca se sabe. Agora vou dedicar-me a arranjar emprego..o que digamos...vai ter a sua dificuldade. Malditas privadas!!!!!
Foram 4 anos que passaram num instante à frente dos meus olhos..tantas coisas vividas, tantas recordações, tanta gente que passou e ficou, tudo isto e muito mais vai ficar comigo sempre ouvir a sigla IEC. Bem haja a todas vocês.

12 maio 2006

O imponente Enterro da Gata está a começar




E está prestes a terminar a quele que vai ser (espero eu) o meu último enterro da gata enquanto estudante universitária...muah...muah...

08 maio 2006

Ponte de Lima


A vila mais linda de todo Portugal...

02 maio 2006

Medo


Medo...
Medo de ti
De vós
De todos
Medo de ficar só
De me sentir só
De ser só
Medo de olhar o passado
De olhar o futuro
E ver o vazio
Medo de tudo
Medo de nada
Enfim..
Medo de mim!

28 abril 2006

Meu amigo, meu amor














Sentes-te sozinho?
Mas eu não me esqueci de ti...
Precisas de carinho?
Abraça-me, eu estou aqui.
Terei sempre tempo,
nunca me atrapalharás...
Nunca chegará o momento
em que te deixarei ficar para trás.
Não...
Acredita em mim...
Sei que te escondes da solidão,
mas não precisas de ficar assim.
A noite cai,
os nossos sorrisos desvanecem-se...
Não te preocupes com o que vai,
as coisas más, esquecem-se...
Eu sei que é difícil,
quantas vezes eu tentei...
Mas se agora estou melhor,
é porque finalmente ultrapassei.
Ou não, dizes-me tu??
Mas que amigo me saiste...
Há dias e dias...
Dias felizes, dias em que estou triste...
Mas não falemos disso agora.
A chuva começa a cair,
está na hora de ir embora.
Sorri...
Há dias assim...
Hoje e sempre penso em ti,
como sei que também pensas em mim...
Meu amigo, meu amor...
Meu doce...
Meu coração ao teu dispôr...

(a quem esteve sempre lá pra mim)

Menino Solidão


Ali, sentado à beira-mar...um rapaz sozinho, tendo por companhia, somente a luz do luar e uma garrafa de vinho.
Seus olhos estavam fixos ao longe. Deixou-se ao sabor do vento, mergulhou em seus pensamentos...
Um brilho tímido do seu olhar distante revelavam a vontade de explodir, da falar, de sentir.. parecia seguro e forte...mas estava só e carente, entregue à própria sorte.
Não sei se era desilusão, se queria esquecer uma paixão ou era simplesmente solidão, só sei que eu o vi, numa noite em que a Lua cobria o céu e as suas lágrimas cintilavam com o seu reflexo à medida que lhe corriam pelo rosto...
Não chores mais...a escuridão da noite é longa mas não eterna..amanhã o dia nascerá para ti.

Tu e Eu

Um dia..
O que seremos um dia?
Tu...eu?
Seremos vivos?
Amaremosi alguém?
O que seremos um para o outro?
Serei para ti apenas uma boa memória? Ou triste?
Um dia, quando mais não fores do que uma caixa com fotografias e cartas.
Arrumada a um canto da arrecadação,
Um monte de sorrisos e lágrimas arrumados num canto da memória,
Achas que aí seremos felizes?
Um dia...

Um dia..
Seremos tu e eu...
Seremos vivos enquanto tivermos amor para dar
E abertos para receber
Amaremos alguém se assim o quisermos,
E seremos amigos como sempre fomos.
Não és apenas uma memória..
Tu és a minha memória.
Seremos felizes porque temos boas recordações
E vamos ser felizes não por direito mas porque merecemos.

Metade-luz

Se tivesse eu os panos bordados dos céus,
Entremeados com a luz dourada
De uma Lua prateada,
O azul e os panos não ofuscantes e escuros
Da noite e da luz e da metade-luz,
Eu espalharia os panos debaixo dos teus pés:
Mas eu, sendo pobre, tenho somente os meus sonhos;
Eu espalhei os meus sonhos debaixo dos teus pés;
Pisa com cuidado pois pisas os meus sonhos.


Vem



Se acaso um dia pensares em nós,
e se nesse pensar sentires alguma saudade,
e se nessa saudade, sentires a minha falta,
e se esse vazio que a minha falta faz,
te provocar lagrimas:
Vem...
Corre para mim,
Vem sem medo,
Vem qualquer dia.
Se um dia folheando o teu passado,
me encontrares la, meio esquecida,
e nesse esquecimento te lembrares algo de bom:
Anda, volta pra mim,
mesmo que aches tarde demais,
ainda que seja muito o passado,
ainda que seja num futuro bem distante...
Vem,
procura-me,
Encontra-me,
Surpreende-me com a tua chegada!!
Quando em teus olhos ja nao estiver
mais o brilho dos meus.
Quando a tua canção
ja não for mais com o meu nome.
Quando em teus poemas,
ja nao falares mais do amor por mim.
Quando em tuas roupas,
ja nao sentires mais o meu cheiro.
Quando achares que está
quase tudo acabado:
Vem mesmo assim...
Vem-me buscar pra ti.
Vem resgatar o que hoje ainda existe.
Vem acabar de sonhar os nossos sonhos.
Vem acabar de viver o nosso amor.
Vem viver as nossas emocoes.
Vem completar em mim algo que perdi:
Um pedaço de ti!

27 abril 2006

A ti

Os momentos que passamos
Unidos num só ser
Devolveram-me a vontade
De voltar a acreditar
Na alegria de viver
O medo de viver a vida como só eu sei
Impede-me agora
De falar como já falei
De ser como já fui
De viver como já vivi
De ser feliz e deixar que assim me façam

21 abril 2006

Era Uma Vez...

Foi num Verão...um verão qualquer (e tantos foram)...que conheci o amor.
Eramos duas gotas de orvalho que no fim de uma noite gelada finalmente se encontram. O suave frio toque dos teus lábios deixou o meu corpo enternecido e sem poder de reacção.
Deixei-me ir... e como deixei...
Ai aquele sol que nos queimava e fazia desejar cada vez mais...
Esse sol já n brilha mais para nós...está frio agora. O teu corpo não toca mais o meu e estamos condenados a passar a vida a ver-nos passar.
Que linda foi a nossa história, que lindo foi o nosso amor.
Sabes..sinto que tive o poder da vida nas mãos e que as abri como quem se desfaz de um punhado de areia.
Desculpa mas a raiva que sinto da vida não me deixa viver e deixar os fantasmas para trás.
Irás sempre ser uma recordação guardada no mais recôndito armário das lembranças e um sentimento escondido naquilo que aqui dentro (ainda) bate.
Hoje não estás aqui...e como eu preciso daquele abraço, aquele passar de dedos pela cara, aquele sentimento que me fazia viver a vida a sorrir. E como eu sorria!! Lembraste? Eu já não!
Hoje já nada mais há a fazer..encontraste conforto noutros braços que não os meus.
Um dia...talvez um dia...ou então nos escape novamente..
Enquanto isso eu eu velo por ti e afasto fantasmas desta estrada que é a tua vida.

Hoje Sou...



Minhas lágrimas secaram
Neste vale de lágrimas que hoje sou.
Hoje sou resquício do que já fui
Uma réstia do meu ser que se esvai em letras
Um nada de sol neste céu enublado que me cobre
Hoje sou tudo...sou nada
Sou mera lembrança num álbum de sonhos
Empoeirado com o passar dos tempos...
Hoje sequei minhas lágrimas nas lágrimas de alguém
Hoje lavei minha alma sobre o choro dos deuses
Sobre o orvalho que caíu sobre mim
E gostei..
Hoje morri e nasci de novo
Hoje espero, espero, espero....
E sei que, neste momento,
Partiu para longe, bem longe de mim
Aquele que ao meu lado sempre esteve
Hoje, deixei que a chuva me levasse para longe,
Para bem longe de ti....e morri.
Hoje...
Sou tudo o que um dia já quis ser e não fui
Sou pedra, sou rocha, sou areia
Sou eu
E não me deixo de ser

19 abril 2006


Nasci à beira do Rio Lima,
Rio saudoso, todo cristal;
Daí a angústia que me vitima,
Daí deriva todo o meu mal.

É que nas terras que tenho visto,
Por toda a parte por onde andei,
Nunca achei nada mais imprevisto,
Terra mais linda nunca encontrei.

17 abril 2006

Dessecando as emoções..

O que não é amor?.. Já se falou tanto em amor, amizade e paixão...
Que tal falarmos do que não é o amor?
Se tu precisas de alguém para ser feliz, isso não é amor, é carência.
Se tens ciúmes, insegurança e fazes qualquer coisa para conservar alguém ao teu lado, mesmo sabendo que não é quem amas e ainda dizes que confias nessa pessoa, mas não nos outros, que te parecem todos inimigos, isso não é amor, é falta de amor prýprio.
Se acreditas que "mau com ele, pior sem ele" e a tua vida fica vazia sem essa pessoa, não te conseguindo imaginares sozinha e manténs um relacionamento que já acabou só porque não tens vida própria - existes apenas em função do outro - isso não é amor, é dependência.
Se achas que a pessoa que amas te pertence, sentes-te dona e senhora da sua vida e do seu corpo, não lhe dás o direito de se expressar, de ter escolhas, só para poderes afirmar o teu domínio, isso não é amor, é egoísmo.
Se não sentes desejo, não te realizas sexualmente, preferes nem ter relações sexuais com essa pessoa, porem sentes algum prazer em estar ao lado dela, isso não é amor, é amizade.
Se discutem por qualquer motivo, morrem de ciúmes um do outro e brigam por qualquer coisa e nem sempre fazem os mesmos planos, discordando em diversas situações, não gostam de fazer as mesmas coisas ou irem aos mesmos lugares, mas sexualmente combinam perfeitamente, isso não é amor, é desejo.
Se o teu coração palpita mais forte, o suor torna-se intenso, a tua temperatura sobe e desce vertiginosamente, apenas em pensar na outra pessoa, isso não é amor, é paixão.
Agora, sabendo o que não é amor, fica mais fácil analisares, verificares o que esta acontecendo e procurares resolver a situação, ou te dispores para atrair alguém por quem sintas carinho e desejo, que sinta o mesmo por ti, para que possam construir um relacionamento equilibrado no qual haja, aí sim, o verdadeiro e eterno amor...

12 abril 2006

A tua ausência

Hoje pensei muito em ti, mais do que o habitual, confesso e nem sei bem porquê. Talvez o pôr-do-sol triste e encoberto me fizesse sentir saudades de dias mais azuis. Hoje estaria a pensar em ti mesmo junto a ti. Talvez pela desilusão. Ele está presente no meu olhar á medida que olho para tudo o que me rodeia, incluindo quando me olho ao espelho.

Agora dizes o meu coraçãoo ser duro como pedra? Engraçado... o meu coração não é pedra é um deserto de areia seca gasta pelo corroer lento do vento. É mar salgado e escuro como as lágrimas que outrora tinha e agora secaram. O mar imenso de lágrimas que secou no meu olhar tornando-o um sitio perdido e abandonado. Um mar imenso de desilusão, um cemitério de barcos velhos afundados como o nosso amor.

Tudo me desilude e todos são desilusão. Começo por mim mesma acredita. Pois eu mesma já deixei de acreditar seja no que for. E á medida que escrevo mais uma página deste diário noto uma diferença já não me dói tanto escrever como se me estivesse a esvair em sangue pela ponta da caneta. Estou insensível à dor e a esta tristeza que já se tornou aos poucos parte de mim, aos poucos que fui abandonando todos os sonhos. Tornei-me seca e amarga, admito, mas talvez seja esta a minha verdadeira natureza no acertar de todas as contas.

Limito-me agora a gerir o tempo da melhor maneira possível. Faço por ajudar outros e entrego-me de alma inteira a trabalhos filantropos para expiar todos os meus pecados. Na fútil esperança de que algures consiga gostar um bocadinho mais das pessoas feias que somos. Na parca hipótese de ainda nos salvarmos.

Desisto sabes!?... O mundo lá fora é um lugar feio, habitado por pessoas feias como nós. Onde todos deambulam á procura de algo efémero e inútil como amor ou felicidade. Os vultos lá fora não devem ter razão. Os vultos dos nossos corações também não. Então fecha os olhos e dorme descansado e deixa os fantasmas saírem esta noite. Deixa-os passear pelas ruas à noite de mão dada com o nosso amor que morre. Deixa os medos, as lágrimas, as desilusões, abandona os fantasmas que temos, os fantasmas de náufragos neste nosso mar de desilusão.

(não podería existir nada que melhor falasse de mim, da incerteza que sou e do que sinto deste mundo feio e vil em que vivemos)

bem vindos

Sejam bem vindos...
este blog foi criado por mim e para mim....descarrego a minha solidão em poesia e nos momentos taciturnos que fazem parte da minha vida...
preciso sentir-me viva e faço-o através das palavras que, escritas, são mais faceis de proferir....
através deste simples blog espero conseguir seguir em frente e abandonar os meus fantasmas...
percorrer uma estrada sem fim, mas que me leve em direcção a algo lindo, um por-do-sol talvez, e me faça sorrir...só peço sorrir..
por isso se quiserem acompanhar-me força...são bem vindos ....comentários também aceito :-)..

assim sou...

Tenho em mim mesma a dor... E projecto em mim a insegurança... Não sou rocha... às vezes acho que sou solo arenoso, onde todo o amor plantado não vinga, onde as esperanças da paixão se frustram, onde os desejos não são constantes, onde a solidão parece ser eterna... Assim sou...

Pra todos os que me querem conhecer aqui estou....

Ad confessionem